No último dia 20, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) efetuou a prisão preventiva de um homem de 33 anos, suspeito de estupro de vulnerável contra a enteada, uma criança de apenas 12 anos. A investigação, conduzida pela Delegacia Municipal de Beberibe, revelou um cenário chocante de violência psicológica e coação após a vítima relatar o abuso sexual perpetrado pelo padrasto, companheiro de sua mãe.
Os fatos vieram à tona em setembro do ano passado, quando a mãe da vítima procurou as autoridades e denunciou o crime cometido pelo seu parceiro. Diante da grave acusação, os policiais civis iniciaram uma série de diligências e oitivas, buscando esclarecer os detalhes do caso.
Entretanto, a situação tomou um rumo ainda mais perturbador quando a menina foi coagida por sua própria mãe a mudar sua versão dos eventos e a não denunciar mais o padrasto. Para garantir o sigilo dos envolvidos, a criança foi levada por sua mãe a uma igreja, onde alegavam que a menina estaria possuída por um demônio. Sob esse pretexto, a genitora tentava desacreditar o testemunho da filha e mantê-la calada sobre o estupro.
As investigações prosseguiram e, posteriormente, com a colaboração da avó da criança, novas diligências foram realizadas, corroborando a veracidade dos fatos. Constatou-se que a maioria dos abusos acontecia na residência do suspeito, quando ele estava a sós com a vítima.
Diante das provas coletadas, um mandado de prisão preventiva foi solicitado ao Poder Judiciário, resultando na captura do suspeito e na formalização da acusação por estupro de vulnerável.
Contudo, a história não termina aí. A investigação segue em andamento, com foco em indiciar a genitora por violência psicológica. Há fortes indícios de que ela ameaçou a criança para alterar seu depoimento e, ao recorrer à igreja, tentou manipular a situação sob a desculpa de uma suposta possessão demoníaca. O religioso que foi procurado pela mãe também será investigado para esclarecer sua possível participação no caso.
Por respeito à privacidade e bem-estar da vítima, os nomes dos envolvidos não serão divulgados nesta matéria.
Essa história traz à tona a importância da proteção de crianças e adolescentes contra abusos e a relevância de denúncias em casos de violência sexual. A coibição de práticas de violência psicológica e coação é essencial para garantir a segurança e o bem-estar das vítimas, permitindo que elas encontrem apoio e justiça diante de tais crimes. As autoridades continuam a investigar o caso para que todos os envolvidos sejam responsabilizados pelas suas ações perante a lei.
