O ex-policial militar Élcio Queiroz surpreendeu ao revelar mais um participante envolvido nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Em sua delação premiada à Polícia Federal (PF), Élcio apontou Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, como o intermediador entre os mandantes e os assassinos.
Macalé, que era sargento reformado da Polícia Militar, foi executado em novembro de 2021, aos 54 anos, quando dois homens em um carro branco atiraram contra ele na região de Bangu, zona oeste do Rio.
Élcio afirmou que foi por meio de Edimilson que o trabalho e a missão de matar Marielle foram entregues a Ronnie Lessa, um dos executores. Além disso, Macalé teria realizado vigilância na rotina da vereadora nos dias anteriores ao crime.
Na delação, Élcio revelou que Lessa planejava há tempos assassinar Marielle, e que ele e o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, preso recentemente em operação, monitoravam a rotina da vereadora.
No dia do assassinato, Élcio e Ronnie trocaram mensagens por um aplicativo de mensagens instantâneas, cujo conteúdo se autodeleta. Eles seguiram juntos de carro para a Lapa, no centro do Rio, onde Marielle estava participando de um evento. Decidiram que aquela seria a melhor oportunidade para executá-la, com Élcio dirigindo e Ronnie efetuando os disparos do banco de trás.
O delegado da PF, Guilhermo Catramby, destacou que Élcio forneceu detalhes sobre o ocorrido, desde a chamada de Ronnie ao meio-dia até o trágico desfecho do crime.
O assassinato de Marielle Franco em 2018 chocou o país e ainda aguarda por respostas e justiça completa para o crime brutal. As revelações de Élcio na delação premiada podem ser cruciais para a investigação e o desvendar de todo o caso, trazendo um pouco de alívio às famílias das vítimas.
Fonte: Metrópoles.